Yves Lacoste
Yves Lacoste nasceu em Fes (Marrocos) em 1929. Entre 1947 e 1951 completou o curso de Estudos Superiores de Geografia na Sorbonne.
Em 1948 ele adere ao Partido Comunista Francês e se liga, então, a numerosas personalidades de movimentos nacional argelino. A partir de 1952 leciona história e geografia no liceu Bugeau em Argel. Em 1955 retorna a Paris.
Seu manuscrito Os países sub-desenvolvidos, após muitos anos de recusas, é editado pela PUF dentro da coleção “Que sais-je” e logo se torn a um dos best-sellers da editora. Essa obra será traduzida (traduções oficiais e piratas) para mais de trinta línguas. Ele pública, em 1965, pela mesma editora, A Geografia do sub-desenvolvimento. Em 1968 é renomeado professor-assistente da nova universidade de Vincennes, Paris VIII.
Em 1970 o debate da existência da revista Heródote contaminou sociólogos, historiadores e geógrafos e surgiu pela primeira vez a questão: “A quem serve a geografia?” em junho de 1972, em plena guerra do Vietnã, Yves Lacoste pública no Le Monde um importante artigo sobre a geomorfologia das planícies aluviais de Hanói e, após um visita ao Vietnã do Norte em agosto de 1972, ele traz à luz a estratégica americana de bombardeio dos Diques vietnamitas. O artigo que ele publicou no Le Monde a 15 de agosto de 1972 terá grande repercussão na opinião pública americana. O bombardeio dos Diques cessará pouco depois.
Em março de 1976 escreve: A Geografia – Isso serve , em Primeiro Lugar, para Fazer a Guerra. A partir dos anos 80 Yves Lacoste e os membros da revista Heródote se dedicam aos problemas de geopolíticas internas e externas, em escala regional, nacional, continental e internacional.
Heródote, pela sua tiragem, é a mais importante revista francesa de geografia e permanece como a única de geografia geopolítica.
Uma das grandes críticas que Yves coloca em suas obras é a negligencia dos filosofos em relação as bases epistemologicas onde esta fundada a geografia. Ele alerta todos os geografos a verem o poder da geografia, que é uma arma usada pelas massas para controlar os menores que desconhecem o seu poderiu. Clama a sairmos da miopia de achar que a geografia é uma matéria simploria e enfadonha de apenas decorar caracteristicas da esfera terrestre, de númerar e quantificar os homens ou mesmo de criar um sentimento patriótico.
Fonte e Autor: Paulo Wendell Alves de Oliveira
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