segunda-feira, 30 de setembro de 2013

DO TERRITÓRIO À DESTERRITORIALIZAÇÃO: O CASO DOS ATINGIDOS PELA BARRAGEM DE ANAGÉ (BA)


DO TERRITÓRIO À DESTERRITORIALIZAÇÃO: O CASO DOS ATINGIDOS
PELA BARRAGEM DE ANAGÉ (BA)
Gabriela Silveira Rocha
Universidade Estadual Federal de Sergipe
gabriellasrocha@yahoo.com.br
José Eloízio da Costa
Universidade Estadual Federal de Sergipe
eloizio@ufs.br
INTRODUÇÃO
A política pública dos Recursos Hídricos do Brasil e de aproveitamento dos Recursos
Humanos  direciona  suas  ações  basicamente  a  dois  tipos  de  finalidade:  o  abastecimento
público e a redução dos efeitos de escassez de água destinada à produção agrícola. 
È essa a finalidade do grande número de barragens construídas no País. De acordo
com  os  reclames  dos  movimentos  populares,  a  despeito  do  Movimento  dos  Atingidos  por
Barragens  (MBA)  e  do  Movimento  dos  Trabalhadores  Rurais  Sem  Terra  (MST),  as
barragens  alteram  significativamente  o  modus  vivendi da  população  em  seu  entorno.
Alteração essa provocada a partir do processo de construção com a respectiva mobilização
(desterritorialização)  da  população  local  e  pela  nova  demanda  para  atividades  econômicas
(reterritorialização)  no  espaço  artificialmente  valorizado  no  entorno  da  barragem.
Concomitantemente,  com  o  aparecimento  de  novas  dinâmicas  de  circulação  e  produção
gerada  pela  instalação  do  lago  artificial,  se  desencadeia  o  processo  de  desapropriação  e
apropriação, pública e privada, do novo espaço produtivo.  A  construção  de  barragens
tende  a  romper  a  organização  espacial  de  seu  povo  com  sua  região  e  seu  território.  Este
rompimento ocorre com a construção da barragem quando os habitantes locais passam a se
relacionar com outros territórios impostos por essa dinâmica. Com a instalação da barragem
as atividades econômicas, a vida social e as demais relações das populações remanescentes
locais  se  alteram  no  confronto  com  o  novo  e  desconhecido  ambiente  artificialmente
produzido,  enquanto  que  as  populações  desterritorializadas  vão  sofrer  alterações  em  seus
novos espaços para os quais foram remanejadas. 
Esse também é o contexto do estudo de caso da Barragem de Anagé. A pesquisa
aqui  apresentada  encontra  se  em  andamento,  iniciou-se  a  busca  de  dados  primários  e
secundários e esta sendo aplicados os questionários de pesquisa.
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
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A Barragem de Anagé foi construída no Rio Gavião, na região Vitória da Conquista.
O Rio Gavião é considerado o maior rio temporário da Bahia. A instalação da Barragem de
Anagé,  projeto  do  Departamento  Nacional  de  Obras  Contra  a  Seca  (DNOCS),  ocorreu
entre 1987 a 1989. Partindo-se da análise dos impactos sócio-ambientais provocados pela
construção da barragem no Rio Gavião e do processo de intervenção do Estado, pretende-se
analisar  territorialização  e  a  desterritorialização  local,  correspondente  entre  o  marco  da
década de 1980 até os dias atuais.
Analisar o espaço geográfico do entorno da Barragem de Anagé inter-relacionando
sociedade e natureza de forma contextualizada, no tempo e no espaço, por meio de análise
retrospectiva  e  atual  da  sociedade  e  do  espaço  locais.  Nesse  contexto  será  retomada  a
discussão envolvendo o meio natural e o espaço vivido onde ocorre toda a dinâmica da ação
humana.  Corrêa  (2006,  p.  26)  servindo-se  dos  pensamentos  de  Lefèbvre  em  sua  análise
sobre  o  espaço  geográfico  vê  o  “espaço  como  sendo  lócus  da  reprodução  das  relações
sociais  de  produção,  isto  é,  reprodução  da  sociedade”.  No  entanto  a  produção  social  do
espaço só poder ser entendida segundo Santos (1997) a partir da formação-espacial e da
formação-econômica, na qual os processos do modo de produção se materializam em uma
base territorial espacial na forma de estrutura, função, forma e processos. 
O território é constituído e caracterizado por possuir características próprias capazes
de delimitar sua forma como fração de uma totalidade. Nessa delimitação que o ser humano,
por meio do trabalho, da habitação e das relações de produção com o seu lugar, estabelecem
diferentes  vínculos.  Na  busca  do  entendimento  desse  fragmento,  o  território  passa  a  ser
pensado como um espaço humanizado, assim como a região que também é humanizada pela
organização  social  com  todas  as  suas  manifestações  que  vão  se  materializando  e  se
perpetuando nesse tipo de delimitação territorial.
Assim  a  Geografia  analisa  os  objetos  que  revelem  um  conjunto  de  características,
sendo  essas,  para  cada  momento  histórico,  permitindo  a  partir  do  presente  entender  a  sua
utilização passada, atual ou até mesmo prever futuras intervenções socioespaciais.
 Afim  de,  buscar  entender  o  território  pela  existência  dos  objetos  pressupõe  pensar
num espaço que se constrói, destrói e reconstrói. A própria noção de desterritorialização se
constitui  no  espaço  dos  objetos.  A  cada  momento  diferentes  tipos  de  representações
materializam, organizam e reorganizam no espaço, como sendo fruto de ações, sejam elas de
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produção econômicas, culturais, tecnológicas e até mesmo religiosas. Tais ações levaram a
Geografia a pensar em territórios que se constroem e se desconstroem a partir da dinâmica
social do trabalho e das relações de produções e circulação do capital. Pensar em destruição
e criação de um território com sendo a desterritorialização e a reterritorialização. 
O entendimento desses processos se articulam, uma vez que, o território não é fixo. A
desterritorialização acompanha a problemática do território com suas fronteiras, que podem
ser:  fronteiras  estatais,  na  qual  o  território  é  político,  a  hibridização  cultural,  que  remete  o
território  simbólico  e  entre  outros.  Conforme  altera  a  concepção  do  território,  a
desterritorialização do mesmo se redefine.
 Para entender a desterritorialização é compreender que “o espaço- ou o território –
não  desaparece,  mas  muda  de  “localização”,  ou  melhor,  adquire  novo  sentido  relacional.”
(HAESBAERT 2006, p.156). Para explicitar o processo de desterritorialização:
È  importante  enfatizar  que  a  desterritorialização  não  é  um  processo
linear,  de  mão  única,  mas  um  processo  caracterizado  pela  própria
globalização.  Onde  existe  desterritorialização  há  também
reterritorialização.  Desterritorialização  é  uma  condição  ambígua  que
combina  benefícios  e  custos  com  várias  tentativas  de  restabelecer.
Assim,  a  desterritorialização  não  pode  significar  o  fim  da  localidade,
mas  sua  transformação  em  um  espaço.   (HAESBAERT  apud
TOMLINSON 2006, p. 148-149).
Nesse  sentido,  conduzir  os  conhecimentos  da  região  e  do  território  pela
complexidade  do  pensamento  e  do  comportamento  humano  retoma  a  idéia  de  Santos
quando diz que “cada momento histórico cada elemento muda o seu papel e a sua posição
no sistema temporal e no sistema espacial” e, a cada momento, o valor de cada qual deve ser
tomado da sua relação com os demais elementos e com o todo. (SANTOS, 1997, p. 9).
Sabendo  que  o  desterritorialização  é  um  processo  de  “transformação”,  logo  essa
“transformação” se materializa em algo “novo” que é reterritorializado. Assim, o primeiro se
desterritorializa para em seguida reterritorializar. A reterritorialização é uma nova projeção do
território, que foi influenciado por dinâmicas/agentes de caráter variado.
Ë relevante a discussão de como ocorre a desterritorialização e reterritorialização.
Inicialmente o território em sua base material ou natural é apropriado por grupo social,
que  passa  a  manter  uma  relação  de  apropriação  e  dominação  com  esse  território,  essa
relação  resulta  na  construção  do  território,  esse  domínio  pode  assumir  características
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econômicas,  políticas  e  culturais,  assim,  o  território  admite  características  múltiplas  e
integradoras mediadas por relações de poder. 
Outro detalhe para entender a desterritorialização está no movimento que determina
múltiplas  materialidades  e  imaterialidades  do  território,  sendo  o  movimento  inerente  ao
território, podendo ser entendido como resultado das territorialidades humanas, das relações
de poder (econômica, política, cultural) que determinam a vida social, essas territorialidades
geram movimentos de transformação entre o velho e novo. Como aponta Saquet:
O  velho  é  criado  no  novo,  num  movimento  concomitante  de
descontinuidade  e  descontinuidade,  de  superações.  A  continuidade  se
dá  na  mudança  e  na  própria  descontinuidade,  que  contém,  em  si,
elementos  do  momento  e  da  totalidade  anteriores.  Com  isso,  o  velho
não  é  suprimido,  eliminado,  mas  superado,  permanecendo,
parcialmente no novo. É um processo inerente ao movimento universal
e à dinâmica territorial, histórica e geográfica (SAQUET, 2007, p.161).
A  dinâmica  do  grupo  social  estabelece  no  território  um  movimento  de  abandono
(saída/fuga)  e  um  movimento  de  criação  (reconstrução),  então  se  pode  concluir  que  a
desterritorialização  (o  velho)  é  a  primeira  condição  assumindo  um  caráter  destruidor,  e  a
reterritorialização (o novo) segunda condição um caráter construtor, a reconstrução do novo,
esses processos ocorrem simultaneamente logo que o território se desterritorializa ele começa
a se reterritorializar.
Os  elementos  principais  da  territorialização  também  estão  presentes
na  desterritorialização:  há  perda,  mas  há  reconstrução  da  identidade;
mudanças nas relações de poder, de vizinhança, de amigos, de novas
formas  de  relações  sociais,  de  elementos  culturais,  que  são
reterritorializados;  há  redes  de  circulação  e  comunicação,  que
substantivam a desterritorialização, o movimento, a mobilidade. (...) os
processos  de  territorialização,  desterritorialização,  re  territorialização
estão  ligados,  completam-se  incessantemente  e,  por  isso,  também
estão em unidade. (SAQUET 2007, p.163)
O processo de produção do território se faz na construção ou destruição do território.
No entanto, é necessário esclarecer que a desterritorialização não significa a extinção ou fim
do território. O que ocorre na realidade é que o território “antigo” após um agenciamento seja
de  um  grupo  social,  de  uma  empresa,  ou  até  mesmo  o  Estado  ganha  uma  nova  função  e
conseqüentemente  uma  nova  forma.  A  partir  daí,  o  território  “novo”  ou  reterritorializado
assume uma nova dinâmica, inserindo ou não os agentes sociais que pré existiam no processo
de  (re)produção  do  território,  quando  a  territorialidade  desses  agentes  ou  o  conjunto  de
prática  desses  grupos  que   garantem  a  apropriação  e  permanência  nesse  território  não
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funcionam, como afirma Corrêa (2002), eles ficam “sem uma nova territorialidade” estando
excluso do processo social, tornando-se um enorme contingente de migrantes. 
A desterritorialidade desses agentes que sofre com um processo desterritorializador é
excludente,  podendo  ser  atenuada  pela  reterritorialização  antecipada,  quando  é  feito  um
planejamento  e  antecipação  espacial,  um  novo  sentido  é  atribuído  a  antiga  territorialidade
desses  agentes,  um  exemplo  claro  disso  estar  no  uso  racional  do  território,  aqui  entendida
como a substituição de atividades primárias (de caráter rudimentar) por forma mais complexa.
Assim:
Desterritorialidade  é  entendida  como  perda  do  território  apropriado  e
vivido  em  razão  de  diferentes  processos  derivados  de  contradições
capazes  de  desfazerem  o  território.  Novas  territorialidades  ou
re-territorialidades  por  sua  vez,  dizem  respeito  à  criação  de  novos
territórios,  seja  através  de  reconstrução  espacial, in  situ, de  velhos
territórios, seja por meio de recriação parcial, em outros lugares, de um
território  novo  que  contém,  entretanto,  parcela  das  características  do
velho  território:  neste  caso  os  deslocamentos  espaciais  como  as
migrações, constituem a trajetória que possibilita o abandono no velho
território para o novo. (CORRÊA, 2002, p. 252)
No  entanto,  no  processo  de  desterritorialização  a  dimensão  política  deve  ser
associada à dimensão econômica, visto que o domínio e apropriação do espaço promovido
pelo  dinamismo  capitalista  vêm  promovendo  rupturas  danosas  em  prol  da  “moderna”
economia  globalizada,  que,  para  obter  o  máximo  de  excedente,  desestrutura  o  cotidiano,
aceleram  os  processos  de  uniformização  da  paisagem  com  a  produção  de  monoculturas,
desterritorializa uma população destruindo suas relações sociais, promovendo o rompimento
da  identidade  e  vem  destruindo  formas  de  organização  social,  além  da  perca  da
biodiversidade biológica.
O  espaço  capitalista  contemporâneo  aparece  como  reflexo  do  desenvolvimento
desigual  e  combinado,  tendo  como  substrato  material  a  evolução  técnico-científica
informacional,  promovendo  a  rápida  (re)criação  e   (des)aparecimento  dos  territórios,
tornando-os aglomerações de exclusão, “assim a lógica global tende a desenraizar as coisas,
as gentes e as idéias”. Haesbaert (2005). A busca do entendimento da territorialização e
desterritorialização perpassa sobre o rebatimento do processo de globalização na sociedade
atual, em que as relações sociais são deslocadas do contexto territoriais favorecendo uma
organização racional da vida humana.
OBJETIVO
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Estudar  a  dinâmica  sócio-espacial  da  barragem  de  Anagé  implica  em  ir  além  do
entendimento de que a barragem foi criada com a finalidade de abastecimento público e de
redução dos efeitos de escassez de água para as populações locais. Tal estudo deve analisar
o modo de vida da população, bem como, entender o papel e a função da barragem para a
região. Pensando nessa relação homem e meio, representada pela população dos municípios
locais e a barragem, para se compreender a interação do homem nordestino com o seu meio,
as  análises  dessas  questões  se  pautam  fundamentalmente  nas  práticas  sociais.  Segundo
Corrêa (2006, p. 35) as práticas sociais “[...] são meios efetivos através dos quais objetiva-se
a gestão do território, isto é, a administração e o controle da organização espacial em sua
existência e reprodução”. 
Por  isso,  elementos  como  a  seletividade  espacial,  fragmentação-remembramento
espacial,  antecipação  espacial,  marginalização  espacial  e  reprodução  da  região  produtora
serão  usadas  para  se  analisar  a  fragmentação  dos  municípios  inseridos  na  região,  para  se
compreender  a  formação  dos  novos  bairros,  o  planejamento  e  a  implantação  de  novas
estruturas  físicas  ligada  ao  comércio,  o  aparecimento  de  novas  atividades  econômicas  e  a
falência de atividades antigas como é o caso do algodão produzido na região e o incentivo e o
aparecimento do turismo, justificado pela inter-relação com a rede urbana do sudoeste. 
A pesquisa tem a proposta de trabalhar o conceito de território como espaço usado
pela integração e mobilidade, ou seja, o território entendido como um campo de força que
liga  a  produção  espacial,  o  espaço  de  produção  e  circulação,  as  relações  em  redes,  os
territórios  contínuos  e  descontínuos  envolvendo  toda  organização  espacial  da  área  a  ser
estudada, conforme a análise de Souza (2006, p. 86): “[...] o território será um campo de
força, uma teia ou rede de relações sociais que, a par de sua complexidade interna, define ao
mesmo  tempo  um  limite,  uma  alteridade”.  Como  limite  e  alteridade  são  componentes  da
mobilidade do/no território, a análise conceitual de ambos implicará em prévia exposição da
categoria  territorialidade,  fundamental  para  se  compreender  a  mobilidade  do  território  e  a
territorialização  e  a  desterritorialização  nos  municípios  de  Anagé  e  Caraíbas.  Acresce-se,
ainda, que para se conceber a noção das categorias região e território devem-se, por meio de
observação  detalhada  da  realidade  de  uma  sociedade  com  seu  espaço  e  seus  elementos,
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entender a questão do desenvolvimento, a representação de valores próprios de cada povo, a
forma de se organizar social e economicamente.
  O  que  se  presume,  então,  é  que  é  relevante  se  estudar  a  territorialização,
desterritorialização e a reterritorialização baseada na organização espacial, na mobilidade da
população  local,  na  utilização  do  espaço  da  barragem,  na  apropriação  e  desapropriação
pública e privada do novo espaço produtivo feito pelo Estado com a instalação da barragem,
o aparecimento de novas dinâmicas de circulação e produção gerada pela instalação do lago
artificial, conforme se propõe nessa pesquisa. Assim sendo, a partir da organização espacial
da região proposta como estudo de caso, pode-se evidenciar como o capital e o Estado –
este  manifestado  no  reflexo  social  (estrutura,  processo,  função  e  forma)  –  não  devem
prescindir nas análises geográficas. 
METODOLOGIA
 Para o desenvolvimento da pesquisa será utilizado inicialmente uma rigorosa revisão
bibliográfica  do  tema,  e  também  do  uso  de  documentos  e  registro  da  construção  da
barragem,  bem  como  trabalhos  de  produção  científica  e  perfil  socioeconômico  da  região
sudoeste; em seguida será realizada a pesquisa de com observações diretas e indiretas: coleta
de dados em órgãos e entidades públicas, estaduais e municipais, como o IBGE, INCRA,
Secretarias de Agricultura e Planejamento das Prefeituras de Anagé e Caraíba. A pesquisa
direta  será  operacionalizada  por  amostragem  aleatória  com  aplicações  de  questionários  e
entrevistas  semi-estruturadas  envolvendo  atores  sociais  coletivos  e  institucionais,  população
local,  agentes  públicos,  sindicalistas  e  proprietários  de  terras  do  entorno  da  Barragem  de
Anagé. A última etapa compreenderá a compilação de dados, tabulação, geração de gráficos,
tabelas e mapas, digitação e edição de fotos sistematização dos dados.
RESULTADOS PRELIMINARES
A investigação acerca do atual processo de organização e uso das terras do entorno
da  Barragem  de  Anagé,  pressupõe  um  desvendar  de  situações  que  poderão  proporcionar
melhor compreensão sobre a problemática que envolve os atingidos por barragens com sua
mobilidade  espacial  a  especulação  da  apropriação  destinada  ao  novo  uso  do  território
implicando na intervenção de movimentos sociais a partir do MAB, e a valorização do espaço
e da renda fundiária, os diferentes tipos de apropriação e uso do território e as implicações
socioambientais.
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Ao final desta pesquisa, será possível caracterizar o tipo de ocupação espacial e a atividade
produtiva  desenvolvida  região,  podendo  ainda  analisar  a  atuação  do  Estado  na  gestão  do
território e os fatores que influenciam na territorialização e desterritorialização do território em
estudo
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